Só uma lasquinha... (tirado de uma revista)
Quando o desejo basta
Um desconhecido, uma troca de olhares, um momento mágico de pura atração. Nem precisa rolar nada: só a energia sexual desencadeada por essas situações já joga a auto-estima lá em cima. Mulheres que viveram essa delícia contam por que o sexo-refresco pode ser tão revigorante
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Uma fração de segundo é suficiente. Para ser exata, meros 150 milésimos de segundo. É o tempo que pesquisadores ingleses calcularam ser o bastante para uma troca de olhares despertar forte atração sexual. Se acontece quando você está parada num congestionamento ou na fila do cinema com seu marido...pronto, seu dia está ganho! Pode ou não dar em alguma coisa - geralmente não dá -, mas não faz diferença. O importante é sentir. Você sabe do que estou falando: daqueles momentos mágicos em que um completo desconhecido consegue levantar nosso astral como anos da análise,a Mega-Sena acumulada e até o homem amado não conseguiriam. Às vezes, são flashes; ou ficam para sempre gravados na memória, onde podemos ir buscá-los numa crise emocional ou simplesmente para nos deliciarmos com a lembrança.
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um dos gurus da psicanálise, o francês Jacques Lacan. Dizia ele: "A mulher quer ser desejada, não amada. Só consegue se pensar, se construir, a partir do desejo do outro". Você pode achar pouco lisonjeiro e um tanto machista (nós achamos), mas quem há de negar que se sentir desejada é um poderoso afrodisíaco? Muita mulher já se envolveu com homens que não tinham nada a ver só porque não conseguiu resistir a alguém que a desejava tanto. Quem sabe, em circunstâncias mais favoráveis (isto é, sem a gente empatando),
Por que algumas de nós param e outras não? Pode ter a ver com o velho condicionamento que nos faz confundir atração sexual com estar apaixonada, duas coisas que a ciência já provou serem completamente diferentes. Um estudo feito escaneando o cérebro de pessoas em começo de relacionamento e publicado no periódico americano JOURNAL OF NEUROPHYSIOLOGY em julho de 2005 mostra que o lado direito do cérebro reage diante do amor e o lado esquerdo aos refrescos da vida. Tanto assim que especialistas como o psiquiatra Henrique del Nero, coordenador do Núcleo de Ciências Cognitivas da Universidade de São Paulo, estão cansados de explicar a pacientes preocupadas que o melhor sexo nem sempre é com a pessoa que mais se ama. Vai ver, não conseguimos conciliar a imagem que temos de nós mesmas com a reação dos nossos hormônios. Afinal, deixar-se levar por um homem que mexe com nosso sistema límbico (fazendo as batidas cardíacas dispararem e as glândulas sexuais trabalharem feito loucas) não combina com o resultado de uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenada pela antropóloga Mirian Goldenberg. À pergunta "O que mais atrai você no sexo oposto?", os homens responderam "beleza". A maioria das mulheres garantiu que era a "inteligência". Vá entender a nossa cabeça.
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